Luigi Galvani

          Sou Luigi Galvani e vou contar um pouco da minha história. Nasci em Bolonha, no dia 9 de setembro de 1737. Meu pai, Domenico Galvani, foi um grande médico. Então, inspirado em meu pai ingressei na Universidade de Bolonha e com 22 anos de idade completei o curso de medicina. Passados três anos, no ano de 1762, ocupei a cátedra de anatomia nessa mesma universidade.
           Eu era um ótimo cirurgião e durante muitos anos pesquisei a anatomia comparada sobre os aparelhos urinário e genital, e os do olfato e da audição. Como resultado, neste período de 1762 a 1783, publiquei ótimos trabalhos sobre esse assunto: De Ossibus These (1762), De Renibus atque Uretribus Volatilium (1767) e De Volatilium Aure (1783). A partir de 1783 em diante, mudei a temática da minha pesquisa passando a me interessar os fenômenos elétricos. No ano de 1797, devido a implantação da República Cisalpina, acabei por abandonar a cátedra de atanomia para não ferir com meus princípios religiosos.
          Em meus estudos em coxas de rãs, descobri que músculos e células nervosas eram capazes de produzir eletricidade, que desde então ficou conhecida como eletricidade galvânica. Mais tarde, consegui demonstrar que essa eletricidade é originária de reações químicas. Durante o desenvolvimento dos estudos, tendo dissecado uma rã, coloquei sobre a mesa onde perto se encontrava uma máquina eletrostática. Sem ter previsto, um dos meus assistentes por descuido tocou um nervo ciático da rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma reação muscular na região tocada sempre que eram produzidas faíscas naquela máquina eletrostática. Assim, me levei a investigar a relação entre a eletricidade e a vida, o que resultou em mais uma     grande descoberta, a bioeletricidade.
           Então, com muito cuidado descobri a eletricidade animal, que era o que ativava os músculos da rã, gerada por um fluido elétrico que era conduzido aos músculos através dos nervos. Tive o prazer de um dos meus colegas, Alesandro Volta, sugerir que esse fenômeno fosse designado galvanismo. As minhas descobertas acerca da eletricidade animal inspirou a investigação de vários cientistas.
           Em outra observação, descobri que a tempestade produzia uma eletricidade natural. Durante outra experiência fixei um fio de cobre na medula espinhal da rã e fechei o circuito suspendendo o fio em um ferro. Assim, observei imediatamente as convulsões, que constatei ser devido às variações do estado elétrico da atmosfera.
          Certo dia, segui em uma longa viagem ao Adriático com o objetivo de estudar o comportamento dos torpedos, que é uma espécie de peixe-elétrico. Em minhas observações deduzi que era de natureza elétrica o choque provocado pelo peixe e que ele era particularmente intenso nos músculos do animal. Assim, observei novamente o fluido elétrico de origem animal, reafirmando a minha teoria da eletricidade animal, uma das minhas grandes descobertas.
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