Minhas expectativas nas TIC

Após dois meses do inicio das aulas do 5° semestre, tive enfim minha primeira aula de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Estava ansiosa, a proposta do professor da disciplina me parece ser muito interessante. Acredito que é necessário incrementar as TIC no processo de ensino-aprendizagem, para que o mesmo seja cada vez mais de maior qualidade.

Em tempos modernos, num contexto de globalização, onde as informações são de grande e fácil acessibilidade, creio que necessitamos incrementar também nas escolas, assim talvez usufruindo das TIC para ensinar seja uma forma mais “gostosa” de aprender para o nosso aluno.

Mas para fazermos uso de tais recursos é necessário que se saiba primeiramente que existem, além de saber trabalhar com elas. Para tanto é necessário aprender..., e essa oportunidade estou tendo no curso, com essa disciplina.

Muito ouvimos falar da importância do uso das TIC, mas até hoje ouvimos falar nas escolas, que levar os alunos para a informática é perca de tempo. Eu me pergunto, por que? É …, acho que é fácil entender, os professores não tiveram essa formação, por isso não veem a real importância disso.

Acredito que com essa disciplina terei a oportunidade de conhecer algumas das tecnologias aplicáveis ao ensino. Considerando a importância, me desafio a aproveitar e aprender ao máximo as aulas, para que quando estiver exercendo a docência possa utilizar com meus alunos, objetivando desenvolver junto com eles um processo de ensino aprendizagem que vá além da simples aula tradicional de repassar conteúdos.

Para tornar as aulas mais atrativas é necessário que elas sejam planejadas e aplicadas sempre levando em conta a realidade, o contexto no qual se está inserido. Pois a escola deve fazer parte da realidade do aluno. Os conhecimentos não devem ficar entre as paredes da sala de aula, mas sim ser levadas “porta afora” , aplicados no dia a dia. Nesse sentido mais uma vez afirmo crer que as TIC além de outras ferramentas, métodos... são de fundamental valia incrementar ás nossas aulas.

Darwin, minha trajetória de vida


Olá, meu nome é Charles Darwin. Nasci em 12 de fevereiro de 1809, na cidade de Shrewsburry, Inglaterra. Sou o quinto filho dos seis filhos do famoso médico Robert Darwin. Minha mãe faleceu eu tinha apenas 8 anos.

Quando criança cultivava o hábito de colecionar besouros e acabei ficando obcecado por isso. Meu pai temia que eu não seria capaz de fazer nada além de caçar ratos e besouros e que acabasse por desgraçar o nome da família. Tinha habilidade em caçar, assim aprendi a observar o hábito dos animais. Para mim o prazer de observar o habito dos animais era muito maior do que o prazer de caçar.

Seguindo os passos de meu pai e do meu avô entrei para a faculdade de medicina. Mas quando tive que operar um doente sem anestesia, descobri que realmente não daria para isso e abandonei de vez o curso. Não suportava a brutalidade da medicina da época... meu pai é claro se frustrou muito comigo.

Comecei então a participar de sociedades estudantis para naturalistas. Fui pupilo de Robert Edmund Grant, um pioneiro no desenvolvimento das teorias de Jean-Baptiste Lamarck e do seu avô Erasmus Darwin sobre a evolução de características adquiridas. Tomei parte nas investigações de Grant a respeito do ciclo de vida de animais marinhos, as quais contribuíram para a formulação da teoria de que todos os animais possuem órgãos similares e diferem apenas em complexidade. No curso de história natural de Robert Jameson, aprendi sobre geologia estratigráfica. Mais tarde, enquanto ajudava nos trabalhos com as grandes coleções do Museu da Universidade de Edimburgo, recebi treinamentos na classificação de plantas.

Meu pai me deixou propriedades a ponto de que não precisasse trabalhar para me sustentar. Aconselhou-me para que me dedicasse à Igreja Anglicana, para onde fui em 1827. Mas não ficou feliz com o que aprendeu lá. Lá me ensinavam que a terra foi criada às 9h do dia 23 de outubro de 4004 a.C. e que todas as espécies foram criadas ao longo de 6 dias e que jamais teriam sofrido mudanças desde então. E isso não me fazia feliz.

Fui apresentado por meu primo William Darwin Fox, ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros, que mais tarde então tornou-se o meu tutor. Ingressei no curso de história natural de Henslow, o qual parecia gostar de mim. Comecei então a me interessar pelas ideias de William Paley, em particular, a noção de projeto divino na natureza. Nas provas finais em janeiro de 1831, me saí muito bem em teologia e, mesmo tendo feito apenas o suficiente para passar no estudo de clássicos, matemática e física, fui o décimo colocado entre 178 aprovados.

Segui então os conselhos e o exemplo de Henslow, não me apressando em ser ordenado. Inspirado na narrativa de Alexander von Humboldt, planejei me juntar a alguns colegas e visitar Tenerife, na ilha da madeira para estudar história natural dos trópicos. Como preparo para essa viagem ingressei no curso de Geologia do reverendo Adam Sedgwick, um forte proponente da teoria de projeto divino. Viajei com ele como assistente no mapeamento estratigráfico no País de Gales. Contudo, meus planos de viagem à Ilha da Madeira foram subitamente desfeitos quando recebi uma carta que informava a morte de um dos prováveis colegas de viagem.

Eu era um louco, apaixonado pela natureza. Meu professor J.S. Henslow recomendou-me então para a tripulação do HMS Beagle, que iria mapear mares e costas desconhecidas da América do Sul pela Marinha Britânica. Lá me fui, viajei como acompanhante do capitão do barco, Robert Ftzroy...numa viagem que durou 5 anos. Essa viagem me oportunizou desenvolver minha carreira como naturalista, uma vez que fui incorporado como naturalista, apesar de não ter qualificação acadêmica para isso. Meu dever na verdade, acabou sendo fazer companhia ao capitão que era altamente autoritário. Acredito que tenha cumprido minha função.

Durante as paradas que fazíamos coletava tudo o que eu pudia,... rochas, fósseis, aves, insetos e animais grandes que eu mesmo empalhava. Assim, estudei uma rica variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos, além de conhecer muitas pessoas, entre nativos e colonos. Em cada porto pegava meu material e mandava para Henslow na Inglaterra. Durante essa viagem escrevi também um diário, no qual relatava tudo oque via, tudo oque descobria...tudo oque sentia.

Durante a viagem, li o livro "Príncipios de Geologia" de Charles Lyell, que descrevia características geológicas como o resultado de processos graduais ocorrendo ao longo de grandes períodos de tempo. Pude ver enquanto viajávamos formações naturais como se os visse através dos olhos do autor do livro: degraus planos de pedras com o aspecto característico de erosão por água e conchas na Patagônia, sinais claros de praias que haviam se elevado; no Chile, tive a oportunidade de experimentar um terremoto e pude observar pilhas de mexilhões encalhadas acima da maré alta o que constituía evidências de que toda a área havia sido elevada; no alto dos Andes coletei exuberosas conchas. A partir de meus estudos e observações cheguei a concluir que atóis de coral iam se formando gradualmente em montanhas vulcânicas à medida que estas afundavam no mar.

Na América do Sul, descobri fósseis de diversos animais extintos. Pensava que aquelas eram espécimes similares às encontradas na África mas, ao voltar, Richard Owen mostrou-me que os fósseis encontrados eram mais similares a animais não extintos que viviam na mesma região (preguiças e tatus). Na Argentina, duas espécies de ema viviam em territórios separados mas compartilhavam áreas comuns. Nas ilhas Galápagos, percebi que as cotovias diferenciavam-se de uma ilha para outra (na minha volta a Inglaterra estudei mais sobre e concluí que seria possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades). O rato-canguru e o ornitorrinco, que encontrei na Austrália, eram animais tão estranhos que levaram-me a pensar que "Um incrédulo... poderia dizer que 'seguramente dois criadores diferentes estiveram em ação'". Todas estas observações que fiz me deixaram muito intrigado.

A bordo do barco, sofria constantemente de enjoo. Em outubro de 1833 peguei uma febre na Argentina e em julho de 1834, enquanto retornávamos dos Andes a Valparaíso, adoeci e fiquei um mês de cama. De 1837 em diante, passei a sofrer repetidamente de dores estomacais, vômitos, graves tremores, palpitações, e outros sintomas que se agravavam particularmente em épocas de stress, principalmente quando tinha que lidar com as controvérsias relacionadas à minha teoria. Ninguém soube me dizer o que eu tinha, o que aumentava ainda mais minha aflição.

Na volta, no dia 02 de outubro de 1836, estava convencido de que as espécies animais sofrem mudanças, mas, não sabia explicar como isso acontecia. Ao visitar minha casa em Shrewsbury surpreendentemente descobri que meu pai havia feito vários investimentos de forma que pudesse ter uma vida tranquila. Poderia até ter uma carreira científica autofinanciada.

Me dirigi então a Cambridge e convenci Henslow a fazer descrições botânicas das plantas que eu havia coletado. Depois me dirigi a Londres onde contatei os melhores naturalistas para descrever as outras coleções afim de poder publicá-las. Me encontrei com o entusiasmado Charles Lyell em 29 deoutubro. Ele me apresentou ao jovem e promissor anatomista Richard Owen que me ajudou a classificar o restante do material coletado, oque publicamos juntamente com relatórios de vários especialistas que trabalharam com seus materiais no livro "Zoologia da Viagem do Beagle".

Em 20 de setembro de 1837, pressionado com os estudos sofri palpitações do coração tive que passar um mês no campo para me recuperar. Logo que voltei, me vi novamente impossibilitado de trabalhar, foi neste meio tempo que me apaixonei por minha prima Emma Wedgwood, com quem me casei e tive 10 filhos, três dos quais morreram ainda prematuramente

Em minhas peripécias de estudo e tentativas de explicar minha teoria, descobri um livro, de Thomas Malthus, que despertou muito meu interesse. Nele afirmava se que as populações tendem a crescer geometricamente a menos que sejam impedidas. Aí estava a resposta que eu precisava. Eram então as alterações que permitiam que um indivíduo prosperasse, enquanto os outros que não sofriam essas alterações, pereciam.

Tentei explicar a teoria para meus amigos mais próximos, mas eles demoraram a mostrar interesse, e mesmo assim pensavam que uma seleção exigisse um selecionador divino. Em 1842 mudei me com minha família para o campo (Down House) afim de escapar da pressão de Londres. Onde na tranquilidade que o campo lhe oferecia escrevi um pequeno texto esboçando minha teoria.

A partir de meus estudos fiz uma alteração considerada fundamental na tão criticada teoria de Lamarck que utilizava os exemplos das girafas, as quais segundo a sua teoria iam ficando com o pescoço comprido pela necessidade de alcançarem os galhos mais altos das árvores. Afirmei então a partir do havia estudado que as girafas não iam esticando o pescoço e sim, que as girafas de pescoço comprido sobreviveriam.

Um ano antes de fazer essa modificação, publiquei a obra "A Transmutação das Espécies" onde falei dessas mudanças, mas não me arrisquei a explicá-las, pois ainda não tinha total segurança. Era preciso ter mais certeza do que se afirmava, era preciso estudar mais um pouco...

Mas a minha principal obra "Sobre a Origem das Espécies por meio da Seleção Natural" publiquei apenas 20 anos depois daquela viagem com o Bagle, ao receber uma carta de outro naturalista inglês, Alfred Russel Wallace que também havia feito observações e havia chegado as mesmas conclusões do que eu. Vendemos 1250 exemplares de 502 páginas que esgotaram-se num único dia, 24 de novembro de 1859...nunca vou esquecer!
Tive todo cuidado para não usar a palavra "evolução" no livro, mas infelizmente não adiantou. Minhas teorias faziam desabar as teorias da igreja sobre a criação do mundo. Anos e anos de debates ferozes(...e confesso a vocês, doente e debilitado eu não suportava aquilo...assim apenas me comunicava por cartas, ...mas eu tinha certeza do que eu estava afirmando!). Mas procurava não me envolver muito com esses debates... ficava quieto no meu canto. Deixava que eles discutissem. E isso talvez, os incomodava ainda mais...

Quero ainda compartilhar que guardo em meu escritório frascos com amostras de várias espécies animais e vegetais de minhas coletas... já me encontro velho e fraco, aos poucos a doença está acabando comigo... quero que este material ainda possa ser usado para fins de estudo. Espero que eu tenha contribuído ao menos um pouco na construção da ciência... ao mesmo tempo que procuro me desculpar com a igreja, principal oponente às minhas ideias, ...não dá para fugir das evidências evolutivas das espécies... é impossível apenas crer quando se pode ver evidências... e aproveito para novamente reafirmar minha teoria da evolução das espécies por seleção natural!!!

 

Bibliografias consultadas:

# ww.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/.../história.htm

 

# Wikipédia/wiki/Charles_Darwin

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